Se o pão é, simbolicamente, o alimento que sustenta da vida, o saco do pão deveria ser o simbolo da vida sustentável.
Ainda me lembro dos meus pais levarem o saco do pão quando iam à padaria. A certa altura o hábito perdeu-se. O saco do pão ainda existia lá por casa mas servia apenas para guardar o pão chegado da padaria. E depois nem isso. Chegaram outras “tecnologias” como a caixa do pão e o saco de plástico.
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Para o bem e para o mal o plástico revolucionou a nossa vida. Passámos a ir despojadamente à padaria, ou supermercado, sem nada nas mãos, e a regressar faustosamente com o saco de plástico.
O problema deste despojo no caminho de ida começou a pagar-se anos mais tarde. Mais residuos para recolher, plásticos que se vão espalhando por um sem número de sitios, micro-plásticos que vão contaminando o ambiente e macro-plásticos que a vão sufocando a vida marinha.
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A aparente simplicidade que o plástico prometia tornou a nossa vida muito mais complexa noutras dimensões, como a ambiental. A tecnologia, seja ela qual for – polímeros ou informática, não é boa nem má só por si. O uso que fazemos dela é que faz pender a balança para um lado ou para o outro. Também se passa o mesmo com o plástico.
Peça simples, porém funcional e prática. Geralmente feito de algodão ou linho, é perfeito para transportar pães e outros alimentos em compras rápidas no mercado ou padaria. Com fecho em cordão, estampas divertidas, ou noutra variação urge recuperá-lo, tornando-o um acessório útil e estiloso.
Proponho assim resgatar o saco do pão. A mudança para um mundo sustentável pode ser simples e começa em pequenos actos. Convido os leitores a usarem-no novamente.
Por mim já comecei! Confesso que é dificil recuperar hábitos antigos, mas com alguma persistência chegamos lá.
Agradecimento ao “ùltimo fecha a porta – saco do pão” que nos inspirou a escrever este artigo.
E para acabar em grande “de manhã eu bou ò pão” a saquinha vai na mão, dos trabalhadores do comércio!