O último fecha a porta [destaque]

Regressam os projectos em destaque. Desta vez trazemos o blog “o último fecha a porta“.

À primeira parece apenas mais um blog sobre coisas da vida, mas desengane-se. É muito redutor definir o “ultimo fecha a porta” desta forma. Ideias bem fundamentadas, redigido de forma inteligente e cativante este blog vai-se desfolhando com muito prazer. Foi enquanto passeava pelas suas páginas que encontrei os artigos de sustentabilidade. Aí tornou-se impossível não conversar um pouco com o autor e destacá-lo no Roupeiro.pt

Iniciou o blog por hobbie. Viveu algum tempo sozinho, por obrigações profissionais, e encontrou na escrita mais do que uma companhia um prazer. Não parou mais.

Escreve também sobre sustentabilidade no seu blog. Considera este tema muito importante para a nossa geração e sobretudo para o futuro.

Esse passo [no sentido da sustentabilidade] tem de ser dado por todos, coletivamente enquanto sociedade, ao nível empresarial, governamental e ao nível inidividual nas nossas ações do dia a dia.

No caso da roupa, hoje em dia a fast fashion ocupa cada vez mais área no nosso portfolio online e físico nos shoppings, gerando muito desperdício e compra por impulso.

Destacamos alguns artigos sobre sustentabilidade deste blog, seguido de uma breve entrevista:

Seria capaz de comprar uma peça em segunda mão?

Nunca pensei sobre isso. Mas não teria problema nenhum em fazer. Há peças que usamos uma ou duas vezes para uma situação especifica e depois fica encostada.

Dou um exemplo concreto que observo: nas corridas [maratonas, meias-maratonas, etc] a t-shirt técnica está incluída no preço. Um desperdício. A maioria das pessoas acaba por usar a dos seus grupos/ginásios/clubes e nos treinos escolhe as melhores (dentro das enésimas oferecidas). As t-shirts são de fraca qualidade e ficam guardadas na gaveta. Não faz qualquer sentido: sem qualidade e sem utilidade.

Aqui em casa tenho várias que nunca usei. Um destes dias tenho-me de desfazer delas porque não lhes vejo utilidade dada a quantidade que acumulo (sem as comprar diretamente).

Felizmente já há algumas organizações que baixam o preço e colocam opcional ou nem sequer oferecem t-shirt.

Arquivo de t-shirts
“Arquivo” de t-shirts não usadas – cortesia o último fecha a porta

Se nunca comprou uma peça em segunda mão, qual sente ser o maior impedimento?

Não existe essa prática muito enraízada em Portugal. Existem sites de venda entre particulares mas a insegurança leva a que nunca tenha experimentado (não só pelo receio das burlas mas também da realidade não corresponder às fotos).

De resto, foi mesmo porque nunca me lembrei e é algo a ponderar no futuro.

Acha que ainda há preconceito com esta roupa? (apesar de ser muitas vezes nova)

Sem dúvida. Há algum preconceito pois as peças em 2ª mão associam-se muito à caridade e à doação “aos pobres”.

Se escolhesse uma peça no roupeiro.pt, de forma simbólica, qual seria e porquê?

Se tivesse crianças, escolheria roupa de criança porque geralmente são peças que deixam de servir facilmente devido ao crescimento e algumas nem sequer foram usadas, ficando sem utilidade.

O último fecha a porta – visite!

Não sabemos que geração vai fechar a porta, mas alguma vai ser.

O último fecha a porta.